domingo, 30 de novembro de 2008

Amor e humor na família


Osmar Ludovico*

Existe o amor romântico, a paixão, o sentimento. Este é volúvel, progride e regride velozmente, basta uma pequena mudança de atitude. Mas existe também o amor compromisso, que envolve a fidelidade e a estabilidade. O primeiro age nas nossas emoções; o segundo na nossa vontade. O amor inclui a emoção que faz palpitar o coração apaixonado e a vontade que segura o voto de permanecer unidos haja o que houver.

Somos emocionalmente instáveis, por isso nos estranhamos, nos irritamos, brigamos e acabamos cada qual no seu canto, nos sentindo incompreendidos e mal amados. A vontade e o voto nos chamam de volta à reconciliação através do perdão, nesta permanente dança do encontro-desencontro-reencontro.

O desejo de permanecer junto, apesar das diferenças e dos conflitos, nos livra de nos tornar desafeiçoados e vingativos. Permite, ao contrário, que, mesmo feridos, continuemos desejando o bem do outro e agindo de forma construtiva. Isto é, nos convida ao processo contínuo de nos re-apaixonarmos pela mesma pessoa muitas vezes ao longo de uma vida toda.

Deus nos revela seu amor, primeiro nos aceitando como somos e agindo sacrificialmente em nosso favor como diz as Escrituras: “Mas Deus prova seu amor para conosco, tendo Cristo morrido na cruz sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). E também através de sua fidelidade sem limites, pois seu amor permanece estável mesmo quando não o correspondemos (1 Tm 2.13). Assim, ao longo da vida aprendemos a amar como Ele nos amou.

Mas o que seria do amor sem o bom humor? A base da vida cristã consiste e reside nesta alegria de alma, uma alegria que brota da interioridade, e não das circunstâncias. Uma celebração íntima, um regozijo inexplicável no profundo de nosso ser, uma doce, leve e alegre constatação de que vivemos diante da face amorosa de Deus, que nos perdoa, nos aceita, nos recebe em sua presença. E faz de nós, pecadores, seus filhos amados. Amar e ser amado é o glorioso destino do ser humano, e amar e ser amado por Deus e pelo seu semelhante é o ápice da aventura humana, de ser, de existir. É puro contentamento!

A alegria, nos conta Paulo, é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Ou seja, a presença de Deus na nossa vida gera bom humor e rosto sorridente. Cara amarrada, levar-se muito a sério e mau humor evidenciam a ausência de Deus e a dificuldade e incapacidade de amar. Precisa de cura, de arrependimento e de um batismo de alegria. O humor inclui o lúdico. Os jogos, as brincadeiras e a descoberta da criança que está em nós, abafada por um pai severo e cobrador. Nossos filhos nos ajudam a reencontrar atrás do adulto, responsável e sério, o menino e a menina que sabem brincar. O bom humor nos convida à festa, a comemoração, e nos recorda que o primeiro milagre de Jesus foi fazer mais vinho para que uma festa de casamento não terminasse antes do tempo (Jo 2.1-12). Faz-nos lembrar, ainda, que perdoar é motivo de festa para o nosso Deus. Quando o pródigo volta para casa, o pai convoca toda a aldeia para dançar e comer churrasco (Lc 11.15-32).
A família é o lugar do perdão e da festa. A alegria da mesa, das férias, das saídas-surpresa, das datas festivas, da vida de oração, da vida sexual. A sexualidade humana se realiza, portanto, de forma plena e prazerosa nesta relação permeada por paixão, fidelidade, compromisso e bom humor. Aí surge o desejo da entrega mútua baseada na confiança e na ternura. E a vida sexual se torna plenitude de alegria e prazer. Dança misteriosa e poética de corpos que se unem, trocam inspiração, respiração e transpiração no jogo prazeroso de sensações agradáveis, o prazer sensorial.


Fomos criados para amar e ser amados, e Deus dá ao homem esta oportunidade e responsabilidade de se deixar conduzir por Ele no aprendizado ao longo da vida. De amar e ser amado – esta é a regra do casamento. Não é célula descartável, econômica, não é célula de proteção (máfia), não é célula reprodutiva. Mas um contexto para a aventura e o aprendizado de amar e ser amado, contexto este que possibilita a realização e a alegria do ser humano, ao nível mais profundo de sua existência.

*Osmar Ludovico é Diretor e mentor espiritual, dirige cursos de espiritualidade, revisão de vida e de pastoreio de pastores e missionários. Reside em Cabedelo, Paraíba.

domingo, 23 de novembro de 2008

A jornada rumo à cura interior


Isabelle Ludovico*

Existe em nós um vazio tão grande que somente o Deus infinito pode preencher. Somente a experiência do amor incondicional de Deus pode curar nossas feridas de rejeição. Para isso, é preciso enxergar Deus como um pai acolhedor que nos criou e resgatou para construir conosco um relacionamento tão íntimo quanto o que o une ao seu próprio Filho. Esta verdade, quando assimilada no mais profundo do nosso ser, supre o desejo vital de sermos amados de forma plena e irrestrita. A qualidade de amor pela qual ansiamos é humanamente impossível, pois nossa capacidade de amar é limitada.

Assim, desde o ventre, esta expectativa é frustrada e gera feridas que vão se acumulando e nos deformando. O primeiro passo para a cura é reconhecer o mal que nos fizeram. Pois nossa tendência é negar este mal para tentar nos proteger do sofrimento ou assumir a culpa por ele de forma a proteger os outros. Em vez de reconhecer as limitações dos nossos pais, preferimos arcar com o ônus deste amor incompleto. Por não recebermos o amor que almejamos, passamos a nos sentir indignos dele. Como comenta Lya Luft no seu livro O Rio do Meio ao lembrar a experiência de ter sido internada num colégio: “Se me castigaram tanto, e são pessoas boas, e me amam como dizem, com certeza devo ser muito má”.

A jornada rumo à cura passa pela própria dor. Enquanto negamos essas feridas, a criança dentro de nós não pode crescer, pois permanece aprisionada, à espera de alimento e consolo. Sem tomar consciência desta realidade, reagimos diante das situações da vida a partir da nossa sofrida e negligenciada criança interior. Buscamos confirmar as hipóteses que minam nossa auto-estima ou esperamos que alguém preencha os buracos, aos quais somente nós temos acesso.

O segundo passo é reconhecer o mal que fizemos a nós mesmos com o mal que nos fizeram. Quando negamos a nossa dor, rejeitamos esta criança interior que irá tentar chamar nossa atenção através do mecanismo de somatização. A dor emocional que ignoramos irá se transformar em dor física, pois estaremos adoecendo. Em vez de novamente amordaçar esta dor com remédios para conseguir um alívio imediato, precisamos dar ouvidos a ela para tentar decifrar o que está querendo nos ensinar. O sintoma é um sinal de alerta que, se for suprimido, pode provocar um mal ainda maior até ser finalmente levado em consideração.

Quando assumimos a falha do outro, vamos desenvolver uma auto-imagem deturpada ou nos punir, em que nos tornamos nossos próprios carrascos. O atalho oposto consiste em alimentar uma autocomiseração que nos transforma em vítima inocente e passiva. Na maturidade, percebe-se que não importa tanto o que fizeram conosco, mas o que fizemos com o que realmente nos aconteceu.

Identificar os mecanismos de defesa que nos aprisionam é uma tarefa árdua. Com o intuito de nos proteger do sofrimento, acabamos provocando um mal maior, pois vamos limitando nosso espaço interior e exterior. Adoecemos, fugimos através do ativismo que nos leva ao estresse, desenvolvemos armadilhas contra nós mesmos provenientes dos sentimentos de autodepreciação, autopunição e auto-sabotagem. Em vez de repetir este mal, alimentá-lo e multiplicá-lo, a Bíblia nos convida a “vencer o mal com o bem” (Rm 12.21). O amor de Deus é o único antídoto para o veneno do desamor. Este amor é manifesto e acessível aos homens em Cristo, que se identificou conosco e levou sobre si todas as nossas feridas.

Às vezes precisamos que alguém nos acompanhe neste caminho em direção à Verdade, pois tememos ser destruídos por descobertas avassaladoras ou emoções incontroláveis. Um terapeuta pode ser um guia seguro nesta empreitada. Encarar o nosso mundo interior, as nossas dores, mágoas, decepções, é a única forma de nos reconciliarmos conosco mesmos e com a nossa história. Resgatar esta criança abandonada, dar-lhe colo, sendo pai e mãe de nós próprios, nos liberta da dependência dos outros e nos capacita a construir relações maduras e equilibradas.


* Isabelle Ludovico é cristã, psicóloga e terapeuta familiar.

sábado, 22 de novembro de 2008

Sobre amigos...


Você tem amigos?
Pode contá-los em uma mão apenas, ou em duas?
Gosto muito de falar sobre amizade. Por diversos motivos. O primeiro é porque Jesus nos chama de amigos. Deus chamou Abraão de amigo. Isso mostra o quão sério é uma amizade para Deus.
O segundo é porque amo fazer amigos. Amo ter amigos.

Mas também confesso que tenho uma coleção de frustrações. Recentemente vivi mais uma. Decepções, frustrações, desilusões. Passei muito tempo pensando que o problema era das pessoas, sabe... pôxa, as pessoas não são minha amigas como eu sou delas.

Depois de muita dor, percebi que o problema estava em mim. Eu queria que elas fossem iguais a mim. Queria um espelho. Não respeitava o jeito das pessoas. Isso afasta qualquer um. Tenho jeeeito exageradaaaado de viver tudo o que vivo. E sempre espero que as pessoas sejam assim comigo. Erro!

O fato de as pessoas ao meu redor não serem como eu não significa que elas não gostem de mim. Paguei um precinho alto para entender isso! Amar do jeito que as pessoas são e não tentar mudá-las ao meu jeito.

Acho que estou conseguindo. Não sei se conseguirei trazer as que se foram de volta, mas talvez consiga preservar as novas amizades.

Ame seus amigos, mostre a eles o quanto eles são importantes para você!

E por falar em alma....


Post do blog Aprendendo a ser águia....

Libertando-se do passado
To lendo um livro do Pastor Coty, especialista por estudar e ministrar sobre cura interior. Veja esse trecho que maravilha de revelações:


"Quando mudamos as coisas dentro de nós, afetamos o mundo espiritual. Quando você afeta o mundo espiritual, você transforma o mundo físico. É assim que as coisas realmente funcionam. Isto quer dizer que nós precisamos ser o milagre e não as outras pessoas ou as circunstâncias. Precisamos estar abertos para ceder e mudar, entendendo que o primeiro passo para solucionar qualquer problema reside na nossa vulnerabilidade ao arrependimento. Este verdadeiro arrependimento encoraja a humilhação, a transparência, a confissão e atos consistentes de reconciliação que tem o poder de lidar com as raízes mais profundas dos nossos problemas, sarando a alma e destruindo maldições. Quanto mais profundamente somos corrigidos e sarados pelo arrependimento, tanto mais liberamos o poder de Deus para afetar outras pessoas e as circunstâncias externas."

Que Deus ache em nós corações tão quebrantados e dispostos a pagar esse preço de arrependimento, de humilhação e de conserto, para que situações sejam desatadas em nossas vidas!

De como me converti...

Jornalista é um bicho curioso, que pensa muito, pensa bobagem também (rs)....analisa, investiga, quer sempre respostas. Um dia meu pastor disse que meu olhar as vezes afastava as pessoas, porque parecia que eu as analisava....

Pois então, cresci católica, aquela católica “básica”, sem grandes envolvimentos, fui batizada, fiz primeira comunhão. Embora tivesse envolvimento com a igreja, não conhecia a Biblia, a não ser o Salmo 91 e um trecho de Efésios, que pessoas queridas um dia me ensinaram a ler. Mas confesso que não tinha nenhuma noção do que era Deus ou Jesus.

Aos 16 envolvi-me com a Umbanda, por causa da minha mãe. Frequentei centro espírita, era bem devota de alguns santos e entidades. Mas era um relacionamento frio, de regras. O meu interior continuava o mesmo.

Até que aos 19 anos, no terceiro ano de faculdade, conheci Jesus. O jeitão investigativo continuava comigo. Aceitei um convite de minha mãe para ir na igreja. E fui. E chorei quase duas horas sem parar. Sentia algo no ar, uma presença nova, diferente, como uma nuvem, uma fumaça, ah, pense como quiser. Só sei que não queria mais sair dali. Me senti amada e querida por alguém que não conhecia.

Foi aí que ganhei uma pequena Bíblia. Eu tinha tantas perguntas, tantas... Quem é Deus? Por que na igreja não tem imagens? Por que algumas das entidades que eu era devota no centro espirita incorporava pessoas na igreja e dizia coisas ruins, e os homens de Deus tinham autoridade sobre elas? Por que não havia santos naquele lugar? Mas e o que eu havia aprendido no catecismo?

Minha grande parceira foi a Biblia. Minha fome de respostas era tao grande que comecei a ler a Bíblia como uma jornalista, hehehehe. E lendo, conheci a melhor história : A do nosso Amado pela humanidade. Fazia mil e uma perguntas ao meu pastor. Todas as respostas estavam nas tais escrituras....
Todas as minhas respostas estavam lá....

Lembro de uma oração que fiz quando tudo pareceu confuso para mim: parecia haver tantas verdades... até que eu falei com Deus: “ Se o senhor é o caminho certo, fala comigo, pessoalmente, não quero que o homem fale, quero ouvir a sua voz, fala comigo”.


Ele falou.... e como falou e tem falado... está falando....

Daí, a jornalista moderninha se rendeu ao amor inigulável deste Deus maravilhoso e hoje está aqui, proclamando, abrindo o “bocão” para dizer que Ele é bom!

Provai e vede que o Senhor é bom!

Sim, há Deus...


Nos últimos dias, uma polêmica campanha de um grupo de ateus ingleses tem se levantado contra a idéia da existência de Deus. Eles dizem que não é preciso ter a consciência de pecado e de inferno e deve-se viver livremente, desfrutando dos prazeres desta vida sem culpa.

Gostaria de perguntar a esses ateus, que são inclusive liderados por uma jovem jornalista de mesmo nome que eu para onde eles irão após morrer. Para onde correm quando sentem medo, angústia ou solidão?

Não se engane, querido leitor, por mais que as pessoas batam cabeça de um lado para o outro, lutando para não se sentir ligado a um Deus criador, todos estarão diante Dele um dia, dando conta de seus atos, e de lá irão ou para o céu ou para o inferno. Não haverá outra opção.

Talvez isso paraça arrogante ou um tanto impositivo, mas te convido a ter a sua própria experiência com este Deus, que não é mau e distante, mas perto e maravilhoso e gracioso.

Se olharmos para dentro de nós mesmos, veremos o quanto frágeis somos, o quanto pequenos e inúteis somos diante de certas situações.

Medite nestes textos:

O ímpio, na sua arrogância, não investiga, que não há Deus são todas as suas cogitações. (Salmo 10:4)
Ele diz no seu íntimo: Jamais serei abalado, de geração em geração, nenhum mal me sobrevirá. (Salmo 10:6)
Diz o insensato de coração: Não há Deus. (Salmo 14:1)

Sim, há Deus.

Há um Deus santo, poderoso e forte! Que criou o mundo em6 dias! Que estabeleceu o padrão de santidade para aqueles que querem se aproximar Dele, Que enviou seu Jesus, precioso, para morrer e nos salvar.

Eu proclamo: Há Deus. Ele reina!

Em breve, todos o verão, uns para a Glória da sua presença, outros para o horror da eternidade separado Dele.

Você escolheu de que lado quer estar?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

COMO CARVALHO


Todas as vezes que nos deparamos com problemas em nossa vida, observamos o quanto somos frágeis. As alegrias se vão e só fica a verdade de que somos impotentes para lidar com adversidades que surgem no decorrer de nossa existência.
Deus nos deixa lições interessantes em sua criação para nos mostrar o contrário, que o homem foi criado forte e que essa força é sempre adquirida e absorvida dessas situações adversas.

Você conhece uma árvore chamada CARVALHO?

Pois é, essa árvore é usada pelos botânicos e geólogos como um medidor de catástrofes naturais do ambiente. Quando querem saber o índice de temporais e tempestades ocorridas numa determinada floresta, eles observam logo o carvalho (existindo no local, é claro), que naturalmente é a árvore que mais absorve as conseqüências de temporais.
Quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica! Suas raízes naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo!


Mas não pense que os cientistas precisam fazer essas análises todas para saber isso! Basta apenas eles olharem para o carvalho. Por absorver as conseqüências das tempestades,a robusta árvore assume uma aparência disforme, como se realmente tivesse feito muita força.
Muitas vezes uma aparência triste! Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça! Numa grande tempestade, muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme! Assim somos nós.

Devemos tirar proveito das situações contrárias à nossa vida e ficar mais fortes! Um pouco marcados. Muitas vezes com aparência abatida, mas fortes!!! Com raízes bem firmes e profundas na terra! Podemos, com isso, compreender o que o nosso PAI maravilhoso quis nos ensinar, quando disse que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece. E também a confiança do rei Davi quando cantou: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte eu não temerei mal algum, porque TÚ estás comigo...” Salmo 23



Por isso quando olhar pela janela o lindo alvorecer, lembre-se de que não há temor com os infortúnios da dia, porque DEUS está contigo! Ele o protegerá!
Se você está passando por lutas muito grandes por estes dias, pense que (como o carvalho)... é só mais uma tempestade que o tornará mais forte, segundo aquele que nos arregimentou!
(AUTOR DESCONHECIDO)

UM MEMORIAL AO ETERNO

“Então, os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros: o Senhor atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome” . Malaquias 3.16

Século XXI. 2008. Cada vez mais pessoas andam e correm atrás de sucesso, dinheiro, realizações pessoais, mas, a quem se tributa o êxito?

As praças das cidades, prédios públicos, locais de autoridade trazem sempre um ou mais marcos memoriais, com placas comemorativas, fazendo referência a homens, mulheres ou grupos que obtiveram êxito e proeminência em alguma atividade, reividicação política ou benfeitoria social.

Dentro de nós há também marcos memoriais; infelizmente, muitos deles de lembranças doloridas, sofridas e profundamente traumáticas...É curioso como nossa tendência natural é “visitar” com grande freqüência estes marcos emocionais que, causam dores tão atuais, como se vivêssemos, de novo, aquele momento desagradável que nos marcou tanto, ao ponto de parecerem monumentos erguidos em homenagem ao fracasso e sofrimento.

Há, porém, uma opção bem melhor e infinitamente superior: um memorial à vida e esta em abundância! (João 10.10b)

Já parou para pensar que você e eu, cada pessoa que existe e já existiu, apesar de termos a mesma origem, como criaturas, somos completamente distintos e especiais?

O autor de nossas vidas, o Deus Criador, teve um cuidado apuradíssimo para nos formar únicos, sem clones ou réplicas. (Salmos 139)

Toda a nossa jornada nesta terra está e esteve diante dos olhos Dele; nossos medos, fracassos e vitórias; a questão é: será que Ele tem recebido a nossa permissão para que pudesse participar em todos os momentos, bons ou ruins, da nossa vida? Quando os fatos que nos marcaram em nossas famílias, relacionamentos, sonhos e projetos aconteceram e, a partir do resultado obtido e efeitos, as nossas “placas memoriais” foram erguidas, será que ele pôde participar ou evitar que acontecesse o mal que temíamos?

A boa e grande notícia é que Ele está disposto e perto de nós para que placas de alegria e restauração sejam agora levantadas em nossas vidas, sendo Ele mesmo o Autor e Único responsável por todo bem que vivenciarmos seja em que situação ou área se apresentar.

Tal como acontece em construções desgastadas pelo tempo, abandono ou maus tratos, é tempo de restaurar a esperança e deixar o Criador fazer de novo o que se perdeu, quebrou ou desgastou e, a placa será a Ele, o Perito, o Único capaz de fazer novas todas as coisas!

A placa memorial, comemorativa deve constar de um único nome: Jesus Cristo.

Você pode, agora mesmo, erguer uma placa memorial que o tempo não poderá apagar; na verdade, ecoará pela eternidade: inclua e reconheça o Senhor Jesus em toda a sua vida, sonhos e projetos – a via é de mão dupla: você O confessa e Ele confessa você!

“Digo-vos ainda: todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus;” – Lucas 12.8
S.M.

domingo, 2 de novembro de 2008

Filho, onde dói?

Não importa quantos anos você tem hoje. Eu tenho 26, minha mãe fez 52 e minha avó materna tem 78 anos. Todos nós temos histórias para contar. Temos histórias para lembrar e temos histórias para louvar a Deus.

Vou dividir um pouco algumas histórias das minhas três gerações. Minha avó nasceu na roça, trabalhou todo tempo no roçado até que já mocinha foi trabalhar numa pensão como faxineira. Seu primeiro filho, foi fruto de um estupro (ou quase...). Logo depois, a mocinha da roça deu à luz dois filhos com outro homem, que sumiu no mundo, era um caixeiro viajante. Ela se chama Eunice, que significa vitoriosa. Sempre católica, envolvera-se também com espiritismo.

Sua filha mais nova, minha mãe, nasceu sem ser desejada, programada, ou esperada. Aos quatro anos foi afastada de sua mãe e foi morar com uma madrinha, que tinha dinheiro para criá-la, enquanto minha avó sofria com saudade da filha. A infância da minha mãe foi dolorosa, trabalhou muito, sofreu muito. Aos 12 anos, tentou suicídio, sim. Uma menina se jogou na frente de um carro, era infeliz, sentia falta de sua mãe. Nao tinha bonecas e nem roupas novas. Tinha comida e lugar para comer, mas não tinha amor. Aos 18 também se tornou espírita, era uma tradição da família.

Nasci quando minha mãe tinha 26 anos. Quando eu ainda estava em sua barriga, ela foi fazer oferendas na mata para os deuses do espiritismo e caiu num buraco, eu quase morri. Cresci sem meu pai por perto, meus pais se separaram quando eu tinha 2 anos. Não sei o que é Dia dos Pais. Não sei o que é mesada, Natal em família, beijinho do pai na hora de dormir. Cresci uma criança deprimida, uma menina triste. Minha mãe sempre fez tudo por mim. O que podia e o que não podia. Mas como me dar aquilo que nem ela teve: amor.

Em 1985 Deus alcançou minha avó, ela abandonou o espiritismo e se converteu a Jesus. E orou fervorosamente até 2001 quando Jesus atraiu eu e minha mãe para o seu aprisco. Lá se vão 7 anos de vida com Deus.

Talvez você esteja se perguntando o por quê de toda essa história... muitos de nós temos histórias parecidas, umas mais tristes, outras mais felizes, mas a verdade é que nossa vida é marcada por momentos de derrota e de fracassos, vazios que muitas vezes são insuportáveis. Muitos recorrem às drogas para suprir à necessidade de um pai e uma mãe que sejam presentes, outros recorrem á bebidas e tantos outros vícios.

Eu e minha casa recorremos à fonte! Jesus! Não há nenhum trauma que Ele não possa sarar. Ele conhece nossa alma, nosso coração e nosso espírito e sabe exatamente o remédio para cada machucadinho meu e seu.

Talvez você esteja lendo este texto e se lembrando dos seus pais, amigos, filhos, histórias passadas, palavras que você ouviu, imagens que você ouviu e que te feriram, que te marcaram. Se um dia você perdeu um amigo, um emprego, ou até um casamento e hoje não consegue se levantar, eu quero te dizer que eu vivi uma grande restauração. E vi uma mulher de 52 e uma de 78 viverem também. Nossa vida não se tornou perfeita. mas encontramos alívio e bálsamo para nossas dores. Encontramos abrigo para nossa alma, encontramos refúgio para nossas tristezas.

Amigo querido, quero-lhe falar do amor de uma pessoa que se chama Jesus. Não duvide em seu coração que Ele pode sarar você, no seu corpo, na sua alma e no seu espírito.

Quer um conselho? Ore. Sim, ore. Fale com Ele. Você não precisa de intermediários, Ele não está longe de você, Ele está tão perto. Pode sentir? Sente um carinho em volta de você?

Como um carinhoso e dedicado médico, Ele quer saber: "Filho, onde dói?, aqui?, ali? Deixe que eu cuide. Descanse em mim, cuidarei de você".

Você é amado, você é amada! Receba este amor!
Deus abençoe a sua vida!